07 dezembro, 2007










sono
o sono que não chega
as ideias a levitar cá dentro, sem assentar
quero levantar-me e caminhar num campo interminável
onde só paro quando as pernas esgotarem e os pensamentos ficarem límpidos enfim
nesta cama vigilante não respiro
rodeada que estou de balões
de várias cores
daqueles com orelhas e boca
que lançam olhares lascivos e gargalhadas sem fim
oh, rebentou um
afinal não, era só mais uma badalada do relógio da vizinha
odeio balões
não quero balões
não quero feira nenhuma
não quero
quero ficar aqui
comigo
e contigo,
quando não adormeces de costas viradas para mim




se soubesses o quanto te digo enquanto dormes








1 comentário:

Anónimo disse...

tens os meus balões todos nas mãos... sabes que se eu não tiver os teus isto vai acabar não sabes?

 
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